A Prefeitura de Catanduva prorrogou a quarentena, com comércio fechado, até o dia 10 de maio. Apesar da intenção já anunciada pela prefeita Marta do Espírito Santo Lopes de permitir o funcionamento de alguns segmentos comerciais, a decisão oficializada em decreto nesta quarta-feira, 22, pautou-se em manifestação veemente feita pelo Comitê de Enfrentamento da Emergência em Saúde Pública, contrária a qualquer reabertura.
Em parecer encaminhado à prefeita, o comitê formado por profissionais de saúde do poder público e dos hospitais da cidade, reitera que as medidas de distanciamento social reduzem a velocidade de transmissão do vírus e permitem que o sistema de saúde seja estruturado para o atendimento aos pacientes. O grupo leva em consideração, ainda, a prorrogação feita pelo Governo do Estado de São Paulo.
“Este Comitê recomenda que o município de Catanduva mantenha todas as medidas de Distanciamento Social Ampliado – DSA, inclusive com cumprimento da quarentena conforme determinado pelo Governo do Estado de São Paulo, evitando ao máximo a circulação de pessoas, com o objetivo de achatamento da curva epidêmica e como maneira de garantir acesso dos pacientes aos serviços de saúde”, frisa, no documento.
Além disso, a prefeita Marta também optou pelo caminho mais cauteloso e conservador, traçando estratégia de reabertura gradual do comércio a partir de 10 de maio, a fim de respeitar a gestão estadual, bem como as recomendações feitas pela Promotoria de Justiça de Catanduva para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
Todo esse cenário foi apresentado pela prefeita aos presidentes do Sincomercio, Ivo Pinfildi Júnior, da Associação Comercial e Empresarial (ACE), Fernando Alves de Souza, e da Câmara de Vereadores, vereador Luís Pereira, em reunião na tarde do sábado, dia 18. “Reafirmei minha vontade de retomar a atividade econômica local tão logo tenhamos essa possibilidade nos aspectos de saúde e legal”, disse Marta.
Setores essenciais
O novo decreto torna obrigatório o uso de máscara e luvas pelos funcionários de estabelecimentos comerciais e de serviços essenciais, como supermercados, bancos e lotéricas. Além disso, os clientes só poderão entrar nesses locais utilizando máscaras.
Outras exigências são fazer o controle de entrada, respeitar a distância de 2 metros entre as pessoas no interior do prédio e filas externas, disponibilizar álcool gel 70, além de intensificar a limpeza no ambiente, máquinas de cartão e demais equipamentos.