Procurar um oftalmologista assim que a doença for diagnosticada pode ser determinante para evitar danos e garantir a saúde dos olhos
Além da pandemia causada pela Covid-19, muitas cidades do noroeste paulista estão enfrentando um grande aumento do número de casos de dengue.
A doença viral, transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti, provoca muitos sintomas já conhecidos pela população: dores nas articulações e ossos, manchas e coceira na pele, febre, dor de cabeça, cansaço e náuseas. O que muitos ainda não sabem é que a dengue também pode afetar a visão.
É o que explica o oftalmologista João Paulo Neves, especialista em retina do Hospital do Olho Rio Preto – HORP. “Mesmo a dengue mais comum, aquela que causa menos riscos, pode afetar o segmento posterior dos olhos e causar, por exemplo, a inflamação da fóvea, uma região da retina – membrana que transmite imagens para o cérebro”, afirma.
Isto acontece porque, para combater o vírus, o sistema imune forma anticorpos que alteram a corrente sanguínea. “Outros problemas que podem ocorrer são hemorragia na superfície ou no interior do globo ocular e, em casos mais graves, a dengue pode afetar o nervo óptico provocando uma inflamação chamada de neurite óptica e levar à perda da visão”, afirma.
Os problemas de visão causados pela dengue, em sua maioria, são assintomáticos, por isso a importância de procurar o oftalmologista assim que a doença for diagnosticada.
O especialista finaliza lembrando que a dor no fundo do olho, queixa comum dos pacientes com dengue, na maioria dos casos não está relacionada com problemas oculares. No entanto, ao notar outros sintomas como visão turva ou distorcida, perda de parte da visão ou vermelhidão, o paciente deve ser avaliado imediatamente por um oftalmologista.
Sobre o HORP
Criado por um grupo de oftalmologistas, em 1980, o HORP oferece prevenção, diagnóstico e tratamento ocular à população de São José do Rio Preto/SP e região. Deste então, mais de 300 mil pacientes, de 3.200 cidades espalhadas pelo Brasil e pela América Latina, já receberam os cuidados e a atenção da equipe médica e dos colaboradores do hospital.
O HORP conta hoje com mais de 20 médicos oftalmologistas em várias áreas: catarata, córnea, estrabismo, glaucoma, lentes de contato, oftalmologia geral, oftalmopediatria, plástica ocular, refrativa e retina e vítreo.
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