É fogo! Em um ano marcado pela falta de chuva, as queimadas urbanas se tornam o maior desafio para as equipes de fiscalização e monitoramento. Dados da Patrulha Ambiental, da Guarda Civil Municipal, a GCM, revelam que de janeiro a junho deste ano foram registradas 53 queimadas, um aumento de 70,9% no comparativo com o mesmo período de 2020 que teve 31 pontos de incêndio em território urbano. O que assusta é que os números da metade deste ano, são superiores aos 12 meses de 2017, por exemplo, com 39 autuações por queimadas.
No caso mais recente, câmeras de monitoramento auxiliaram no trabalho da patrulha em identificar o suspeito de incêndio criminoso em Área de Preservação Permanente, no Parque Iracema.
“Foram queimados 2,78 hectares, em uma área extensa, onde havia o replantio de mudas de dois, três anos que estavam em monitoramento. Esse local precisará ser reflorestado e infelizmente é um trabalho perdido, devido a esse incêndio criminoso. Essa degradação não atinge só a flora, como também à fauna, tendo em vista que andando na área, identificamos que haviam locais onde os animais se abrigavam e vamos identificar quais eram essas espécies”, destaca Karen Morandin, chefe da Divisão de Proteção Ambiental.
A Prefeitura de Catanduva faz o alerta “A queimada faz mal a saúde e também ao meio ambiente, que levará anos para a regeneração, tudo, devido a ação do homem. Orientamos para que a população denuncie e caso registre esse tipo de situação que procure os órgãos ambientais para que essas pessoas sejam punidas por esse crime”, finaliza Karen.
Umidade do ar em queda
Dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) revelam que a umidade relativa do ar de Catanduva chegou a 21% em julho. A condição ocorre principalmente no período da tarde, quando o risco de incêndios é ainda maior. Para se ter uma ideia, o índice de umidade relativa do ar tolerável é de 60%, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A orientação das equipes é de que o Corpo de Bombeiros seja acionado, em caso de queimadas, pelo telefone 193. A Secretaria de Meio Ambiente também oferece apoio em situações onde as chamas atingem grandes proporções.
Para combater essa prática criminosa, a denúncia é a maior aliada das equipes de fiscalização. Os canais de comunicação como o aplicativo Ouvidoria Catanduva, disponível para todos os tipos de celulares, e os telefones 0800-772-9152 e 153, da Patrulha Ambiental estão de prontidão para atender as denúncias. Na ligação, devem ser informados o número ou ponto de referência da área incendiada.
Limpe seu terreno
Por conta da estiagem, a orientação da Secretaria de Meio Ambiente é de que a capina seja feita de forma frequente nos terrenos particulares. Essa é a forma mais eficaz de limpeza, já que não traz danos à natureza. O material deve ser recolhido de forma imediata a fim de evitar queimadas.
A multa para os incêndios no perímetro urbano é de 500 Unidades Fiscais de Referência de Catanduva (UFRCs), além de uma UFRC por metro quadrado de vegetação queimada. A UFRC 2021 é de R$ 3,09