Artigo: Dra Ana Carolina Salim Casseb Bochichio/ CRM: 192016
Os diuréticos são medicamentos que causam aumento do volume de urina, perda urinária de eletrólitos como: potássio, sódio e magnésio, além de água. Quando consumidos em excesso causam desidratação, reduzem a pressão arterial, podem causar arritmias cardíacas, entre outras complicações.
O consumo abusivo de diuréticos, assim como acontece com qualquer outro grupo de medicamentos, traz sérios problemas para a saúde. Essas substâncias alteram a forma de como o organismo funciona, causando diversos desequilíbrios.
Os diuréticos são receitados para pessoas com pressão alta e problemas cardíacos, por exemplo, porém, alguns utilizam esse tipo de medicamento com foco em emagrecer. Esse uso indiscriminado e sem o seguimento de um médico é o que traz complicações.
Consequências do consumo abusivo de diuréticos
Quando administrados da forma correta os diuréticos são medicamentos que ajudam a salvar vidas. Isso porque eles controlam a concentração de sódio no organismo promovendo a liberação desse mineral juntamente com o excesso de água.
São receitados por médicos na dosagem adequada para cada pessoa com o intuito de tratar problemas como insuficiência renal, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e edemas.
A função do diurético é estimular o funcionamento dos rins fazendo com que ele produza urina. Dessa forma, controla a pressão arterial e evita o acúmulo excessivo de sódio na corrente sanguínea. Os pacientes obesos a retenção de líquido e sódio ocorre com elevada frequência, por isso em situações específicas podem ser utilizados, mas sempre com supervisão médica e nunca de forma indiscriminada.
Muitas pessoas fazem consumo abusivo de diuréticos com o objetivo de perda de peso. É verdade que existe uma redução do peso corporal quando esses medicamentos são administrados, mas porque eles fazem o organismo perder água, causando desidratação.
A redução das medidas pode ser bastante atrativa, mas o consumo abusivo de diuréticos traz sérias consequências porque, fazem o organismo perder mais água do que de costume, consequentemente, levando a desidratação.
Há, também, a perda de potássio e a perda de sódio. Lembrando que os dois são fundamentais para o bom funcionamento do organismo. O potássio atua nas células do sistema nervoso e dos músculos, em especial o cardíaco. Então, consumir muito diurético pode causar arritmia. Já o sódio atua na musculatura e controla a estabilidade da pressão sanguínea.
Os diuréticos causam aumento do ácido úrico no sangue podendo acarretar litíase renal e favorecer o desenvolvimento de gota e artrite.
Resumindo, quando se toma muito diurético pode ocorrer:
queda da pressão arterial;
● prejuízos para o funcionamento dos rins e do coração;
● fotossensibilidade da pele;
● perda de força muscular;
● cãibras;
● arritmia cardíaca;
● perda da termorregulação do corpo;
● parada cardíaca;
Recomendação para uso de diuréticos
Antes de tudo é preciso lembrar que os diuréticos, sejam eles em forma de cápsulas ou chás, não são recomendados com o objetivo de emagrecer.
Quando os diuréticos são utilizados com o objetivo de perda de peso há uma falsa sensação de emagrecimento. Haverá a perda de líquidos com uma redução do peso corporal e de medidas, porém, a tendência é o organismo voltar ao normal após o efeito do medicamento, ou quando ele deixar de ser administrado.
Você viu que o consumo abusivo de diuréticos pode causar sérios problemas para saúde, então, não é indicado que eles sejam consumidos sem a orientação de um especialista. Em resumo, não se pode afirmar, de modo geral, uma quantidade de diuréticos que possa ser tomada todos os dias com segurança.
Quando o diurético deve ser tomado
Os medicamentos com essa ação apenas devem ser administrados conforme a orientação de um médico. A dosagem deve ser ajustada à necessidade do paciente e de acordo com seu quadro clínico, também pelo tempo necessário para promover o efeito esperado.
No caso dos chás diuréticos, são bebidas que, quando administradas com moderação, não oferecem grandes riscos. A ingestão de uma xícara por dia não se caracteriza como um consumo abusivo, mesmo assim é preciso ter cuidado.
Isso porque as ervas medicinais também têm uma composição química e podem ser contraindicadas em casos específicos, como de pessoas com problemas renais, cardíacos e mulheres gestantes. Portanto, o ideal é sempre consultar um médico antes de adotar qualquer medida.

Dra Ana Carolina Salim Casseb Bochichio / CRM: 192016
Nefrologista/Clínica Médica/ RQE:104509
Medicina do Trabalho
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