Quando Dezembro Aperta o Coração

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        Um Olhar Humano Sobre as Relações Familiares e o Ano Novo

Artigo escrito pela Dra Silvia Helena Cardoso do Amaral- Psicóloga/CRP06/113107  

O fim de ano chega anunciando encontros, luzes e expectativas. Em meio a esse clima festivo, cada pessoa carrega seu próprio ritmo emocional. Dezembro desperta memórias, tensões e afetos que nem sempre são leves como nas fotografias ou em rede social e tudo isso faz parte da experiência humana.

As relações se desafiam, Família é um território afetivo onde convivem amor, diferença, história e, muitas vezes, dores antigas. Cada um chega ao Natal trazendo sua própria trajetória, seus medos, suas limitações, sua forma particular de amar e de reagir.

Por isso, os reencontros podem despertar tensões que permanecem silenciosas durante o ano.

O Natal é, sim, um tempo de amor e paz.

Mas, apenas quando esse amor acontece sem exigências, sem performances, sem sacrifícios emocionais. Paz não nasce de esforço excessivo; nasce do que é verdadeiro. Nem sempre o Natal é o momento adequado para resolver tudo ou forçar um clima. As vezes, o cuidado está em não insistir, em não forçar proximidades que ainda não são possíveis, em não reavivar expectativas que já se mostraram pesadas demais para carregar.

-Proteger-se é maturidade.

-Reconhecer limites é respeito.

E aceitar que cada relação tem seu tempo é um gesto de gentileza consigo mesmo.

“Somos humanos.”

O Ano Novo e a delicadeza das metas possíveis:

Quando o calendário vira, nasce também o desejo de recomeçar. Mas metas grandiosas, criadas no impulso da virada, costumam gerar frustrações.

Mudanças verdadeiras acontecem no pequeno, no consistente, no possível.

Algumas metas reais para o novo ano podem ser:

                -reservar um momento semanal para um cuidado emocional simples, como caminhar, escrever ou apenas desacelerar a respiração;

                -praticar um limite saudável em uma relação específica, escolhendo o que sustenta a paz e deixando de lado o que fere;

                -cultivar um hábito pequeno, como dormir mais cedo ou responder com mais calma em situações tensas.

                -Use o semáforo das emoções: pare, pense, aja.

 O Ano novo não exige uma nova versão de você. Exige apenas presença e gentileza consigo.

“Somos humanos”

E se o Natal fosse apenas… verdadeiro?

Talvez o que o fim de ano realmente peça não seja perfeição, mas verdade.

Verdade sobre o que sente, sobre o que se pode, sobre aquilo que já não precisa ser carregado.

O Natal não precisa ser grandioso.

Pode ser íntimo, simples e cheio de pequenos gestos que nutrem.

Que este dezembro não peça de você aquilo que não cabe. Que peça apenas essência, A sua essência.

Do jeito que for possível. “Afinal somos humanos “

        *Professora, psicopedagoga e psicóloga, Sílvia Helena Cardoso do Amaral é pós-graduada em Psicologia Sexual, Neuropsicologia, Psicanálise Clínica, Saúde Mental e Terapia de Casais.

Silvia Helena Cardoso do Amaral /CRP06/113107

Watsapp: 17 99643-6366 / Rua Manaus 1049 /esquina com. Rua 24 de fevereiro