Conceitual, o álbum Sobrevivo, de Vivi Sanchez, traz músicas com letras que se relacionam remetendo ao ciclo vivenciado por um personagem.
Reportagem: Florence Manoel
A cantora catanduvense Vivi Sanchez lança seu primeiro EP autoral, denominado Sobrevivo, por meio de duas lives transmitidas pelo seu Facebook (facebook.com/vivisanchezcantora), nos dias 13 e 14 de março, às 19 horas.
De acordo com Vivi, o lançamento contará com a participação especial de Zé Canuto, saxofonista do Roupa Nova, que também já acompanhou artistas como Rita Lee, Cássia Eller, Barão Vermelho, Titãs, Caetano Veloso e Chico Buarque, dentre outros.
Conforme explica, Sobrevivo é uma obra conceitual com letras que se associam e remetem ao ciclo vivenciado por um único personagem. Veja, a seguir, características de cada faixa:
Motivo: sugere um eu descrente, que compensa seu descontentamento nos prazeres e na boemia.
Queda: o personagem reflete sobre a falta de significado que rege sua vida. O respeitado baixista Cláudio Rocha foi convidado especialmente para gravar essa faixa.
Limbo: refere-se a um local emocional desconhecido. Por esse motivo, a proposta foi criar uma melodia que causasse estranheza e potencializasse a sensação de torpor.
Vento: quarta canção e única balada do disco. Nela, os ventos finalmente começam a se voltar a favor do personagem, que já consegue ter a perspectiva de um mundo mais luminoso.
Farol: traz a luz intensa de um renascimento. É o anúncio de um retorno triunfal.
Sobrevivo: música de trabalho. Representa a conquista desse eu, que supera os obstáculos e ganha força para sobreviver contando consigo e realizando os próprios sonhos.
Todas as músicas carregam a marca das influências de Vivi – Rock, Blues e Soul Music. Além disso, o álbum foi gravado no RF Studio.
“ Elton Ricardo foi o responsável pela produção, masterização e mixagem. Ele também produziu a foto da capa e tocou piano em todas as músicas. O Elton é muito competente, já produziu diversos artistas e trilhas sonoras para TV. Sua genialidade foi fundamental para chegar ao resultado que eu queria”, elogia.
Vivi ressalta a participação do músico e compositor Marcelo Forte, seu marido, que tocou violão e guitarra em todas as faixas e explica que a concretização do projeto foi viável graças aos recursos da Lei Aldir Blanc, voltados à produção de arte e cultura.
“Só tenho a agradecer ao meu amigo e produtor João Paulo Santos, que me estimulou a me inscrever e também à Cris Anovazzi, que era secretária de Cultura no ano passado e não mediu esforços para buscar esse incentivo para os artistas catanduvenses”.
Vivi Sanchez no cenário musical de Catanduva e região
Vivi Sanchez começou a cantar aos 16 anos como vocalista de bandas de baile, sendo frequentemente convidada para se apresentar em casamentos e outros eventos. Entre os 18 e 28 anos, foi vocalista de diversas bandas de Rock. Depois, passou um período sem se apresentar.
Nessa época, compunha para o projeto Vintage, junto ao marido Marcelo Forte e à amiga Florence Manoel. Formou, então, a banda Estação Vintage, cujo foco tornou-se fazer covers de sons antigos, apresentando-se em casas de shows e eventos particulares e corporativos de Catanduva e Região. Assim, suas composições ficaram reservadas para projetos futuros.
Porém, as músicas antigas não serão lançadas no EP Sobrevivo: com os mesmos parceiros, Vivi compôs novas canções que correspondem ao conceito proposto.