Infectologista esclarece dúvidas sobre nova cepa H3N2 Darwin

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Cuidados preventivos e vacinação são fundamentais para coibir a doença

A disseminação de uma nova cepa da Influenza do subtipo A (H3N2), denominada Darwin, é a mais recente preocupação de autoridades da Saúde e da sociedade. Ainda abalados pelo coronavírus, doença que causou crises sanitárias e econômicas sem precedentes em todo o mundo, a nova onda de contaminações já provoca filas em hospitais e unidades de saúde.

De acordo com o infectologista Arlindo Schiesari Júnior, cooperado da Unimed Catanduva e responsável pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Unimed São Domingos (HUSD), a Influenza A (H3N2) causa infecção das vias áreas e outros sintomas semelhantes aos provocados pelo coronavírus.

“É muito difícil diferenciar a Covid-19 da gripe causada por esse vírus apenas por sinais clínicos. Ambas provocam febre, tosse, dor muscular, dor de cabeça e prostração. A diferença está em sintomas como falta de paladar e de olfato, que não aparecem na Influenza.”

Os vírus da Influenza A e B são os principais causadores da gripe nos seres humanos, sendo o H3N2 Darwin uma mutação. “A Influenza A é classificada de acordo com as proteínas do vírus (H1N1 e H3N2). A nova cepa foi encontrada inicialmente na Austrália, depois chegou ao Brasil, no Rio de Janeiro, e está se disseminando”, detalhou o especialista.

O médico relaciona o aumento de casos de gripe em período atípico à baixa cobertura vacinal e ao relaxamento das medidas preventivas. “A flexibilização da pandemia contribuiu com o afrouxamento das medidas de prevenção. Esse fator, aliado à baixa adesão da população para a vacina contra a Influenza, favoreceu a disseminação do vírus.”

 

As medidas de prevenção são as mesmas aplicadas à Covid-19. “São vírus respiratórios com transmissão semelhante, por gotículas, durante a fala, tosse, espirro e também por contato com secreções respiratórias. É necessário manter o distanciamento entre as pessoas, o uso da máscara, lavagem das mãos e evitar aglomerações”, completou.

 

Outro ponto importante é a necessidade de manter a vacinação em dia, tanto a de reforço da Covid-19 quanto a da Influenza, realizada anualmente. O intervalo entre as duas deve ser de pelo menos 15 dias. “Algumas pessoas entendem que a vacina ‘boa’ é aquela que evita todos os sintomas da doença, porém, a proposta da vacina é tornar o paciente imune contra a gravidade, evitar complicações, como hospitalização, evolução de uma pneumonia e até a morte, especialmente em pessoas com maior risco de complicações, como idosos, diabéticos, gestantes, cardiopulmonares e crianças menores de cinco anos”, concluiu o infectologista. 

Créditos: Unimed Catanduva