Silvia Machado explica que optar pelos pequenos negócios auxiliam a manter empregos e, consequentemente, fortalecer a economia
Investimento social. É desta forma que a mentora em finanças e sócia da Paraty Capital, Silvia Machado, afirma ser possível colaborar para aquecer a economia nas cidades brasileiras.
Os números atualmente não são favoráveis. Com queda de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2020, a economia brasileira registrou a maior contração em 24 anos, devido a todas medidas restritivas impostas em busca de tentar conter o novo coronavírus.
Do mesmo modo, a taxa média de desocupação de trabalhadores no ano passado foi recorde em 20 estados brasileiros, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média do país, o índice de desempregados subiu de 11,9% em 2019 para 13,5% em 2020 e a expectativa é de taxa ainda elevada para este ano.
Como uma das formas de auxiliar a movimentação econômica, Silvia aposta em uma corrente do bem, com o favorecimento dos pequenos negócios e ajuda aos mais necessitados por meio da contratação de prestadores de serviços e restaurantes e marmitarias, o chamado investimento social.
“Por exemplo, em vez de distribuir alimentos que você compra em grandes supermercados, vá até aquele restaurante que você queira que se mantenha aberto, compre pratos feitos e doe a quem precisa. Assim, ele vai manter os funcionários, esses funcionários receberão seus salários e também terão a oportunidade de comprar produtos, aquecendo a economia”, afirma Silvia.
“Muitas pessoas tem uma visão assistencialista, doam alimentos, mas não pensam que a economia tem de girar, tem de manter os empregos e criar outros para que a situação não fique ainda pior”, diz.
Para a mentora em finanças, pequenos exemplos como este fazem a diferença quando o assunto é a movimentação econômica. “Em vez de doar para 20 pessoas desconhecidas, experimente comprar de 10 pequenos estabelecimentos do seu maior convívio. Se todos fizerem isso, a economia será aquecida e teremos menos desemprego nos próximos meses”, ressalta.
Silvia diz ainda que neste período em que muitos estabelecimentos tem fechado suas portas, priorizar os pequenos negócios é uma boa opção. “Todos aqueles serviços que te salvam no dia a dia. A vendinha próxima a sua casa. Aquela manicure que você quer que quando acabe a pandemia esteja lá. O pipoqueiro em frente a escola dos seus filhos. Faça um acordo com eles. Feche pacotes, por exemplo, pague metade agora e a outra metade quando retornar. Isso ajuda a não deixar esses profissionais sem receita”.