Festival rio-pretense voltado à criatividade promove dois encontros virtuais no próximo sábado, dia 16, com transmissão no Youtube e Facebook
Duas linguagens fundamentais para o estabelecimento do ser humano no mundo, o texto e a imagem, entram na pauta do Festival Fissura Criativa no próximo sábado, 16 de janeiro, em dois encontros virtuais com transmissão ao vivo pelo Youtube e Facebook da casa de criar – escritório de arte, que realiza em parceria com o poeCity – duas plataformas criativas sediadas em São José do Rio Preto (SP).
Buscando incentivar a criatividade e democratizar o acesso à economia criativa, o Fissura Criativa tem sua primeira edição realizada por meio da Lei Aldir Blanc – o projeto foi um dos contemplados pelo Edital 06/2020 – Auxílio para Festivais de Culturas, lançado pela Secretaria Municipal de Cultura de São José do Rio Preto.
O uso individual e social da leitura e da escrita e as diversas formas de letramento da contemporaneidade serão discutidos no primeiro encontro do próximo sábado (16), às 11h. Com o tema “Letramentos possíveis: entre o excesso de ‘zapzap’ e a falta de Libras”, o bate-papo contará com a participação dos professores Renata Sbrogio, Carolina Manzato e Glaucio Camargos, que compartilharão suas pesquisas envolvendo o universo digital, a língua brasileira de sinais e outros tipos de letramento.
Já o segundo encontro do sábado (16), às 14h, será dedicado à fotografia, sobretudo, o papel que a imagem exerce em uma sociedade hiperconectada. Com o tema “A fotografia autoral em meio a avalanche de celulares e novos criadores de imagem”, o encontro terá o fotógrafo Jorge Etecheber e as fotógrafas Milena Aurea e Priscila Beal.
Fissura Criativa
Diferentes áreas de atuação dos profissionais criativos (como música, fotografia, design gráfico, dança, ilustração, tatuagem, artes cênicas, turismo, propaganda, gastronomia, arquitetura, urbanismo, grafismo indígena, letramento, graffiti, moda e economia criativa) serão abordadas nos debates do Fissura Criativas, todos eles mediados pelo artista visual juny-kp!, fundador da casa de criar e curador do festival. Os encontros virtuais reúnem trabalhadoras e trabalhadores da economia criativa como designers, fotógrafos, ilustradores, tatuadores, técnicos de som e luz, pesquisadores, empreendedores e artistas.
A comissão organizadora do Festival Fissura Criativa também é composta por Carolina Manzato (produtora artística), Wagner Orniz (produtor executivo) e João Gabriel Polizelli (produtor gráfico).
Durante o festival, os participantes são convidados a fazer intervenções gráficas e textuais no perfil do evento no Instagram (@fissuracriativa), em uma grande linear galeria de arte. Outra ação nessa mídia social, executada no mesmo período, é a chamada “Invasão de perfil”, em que usuários são convidados a postar na conta por um período combinado, por meio dos stories, sobre temas ligados à criatividade.
SERVIÇO:
Festival Fissura Criativa
Quando: até 24 de abril de 2021
Onde: encontros virtuais pelo YouTube e Facebook da casa de criar. Exposição e intervenções digitais no perfil @fissuracriativa no Instagram
Realização: casa de criar e poeCity, através do Edital 06/2020 – Auxílio para Festivais de Culturas, da Lei Aldir Blanc
Sábado – 16 de janeiro
11h – LETRAMENTOS POSSÍVEIS: ENTRE O EXCESSO DE ‘ZAPZAP’ E A FALTA DE LIBRAS
Os professores Renata Sbrogio, Carolina Manzato e Glaucio Camargos debaterão suas pesquisas sobre Letramento. Renata no campo do Letramento digital, Gláucio no campo da LIBRAS, Língua Brasileira de Sinais, e Carolina nos diversos tipos de Letramento. Discutir a exclusão da população brasileira nas letras, no mundo digital e para com as pessoas surdas ou com deficiência auditiva. Como a criatividade e a empatia podem agir como ferramentas eficazes no ato de incluir.
RENATA SBROGIO
Doutoranda em Mídia e Tecnologia e Mestra em Mídia e Tecnologia UNESP – Bauru, especialista em Tecnologias em EAD e em Didática do Ensino Superior, graduada em Desenho de Moda (UNIRP, 1997), professora universitária, designer gráfico e educacional.
GLAUCIO CAMARGOS
Psicanalista, Mestre em Psicologia, Doutorando em Ciências da Saúde. Desenvolve pesquisas na área da Surdez, sendo certificado pelo Exame Nacional de Proficiência em Libras – Prolibras (MEC/UFSC). É docente nos cursos de graduação e pós-graduação da União das Faculdades dos Grandes Lagos – Unilago, docente em cursos de capacitação para instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos. Desenvolve estudos que abordam formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais – Libras, como meio de comunicação objetiva e de utilização das comunidades surdas do Brasil.
CAROLINA MANZATO
Educadora antenada e preocupada com a sustentabilidade, se movimenta em torno do projeto Casa de Vestir (bazar/brechó), buscando promover reflexão em torno dos modos de consumo contemporâneos.
14h – A FOTOGRAFIA AUTORAL EM MEIO A AVALANCHE DE CELULARES E NOVOS CRIADORES DE IMAGEM
Como está o mercado fotográfico hoje em Rio Preto? Ainda há espaço para ser autoral? Quem é o cliente de fotografia no século 21? São José do Rio Preto trata bem seus fotógrafos? Questões a serem postas nesse encontro entre os fotógrafos Milena Aurea, Priscila Beal e Jorge Etecheber.
MILENA AUREA
Milena Aurea é fotógrafa profissional há 12 anos e artista visual. Graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Unilago – União das Faculdades dos Grandes Lagos, Pós-graduada em Fotografia: práxis e discurso fotográfico pela UEL – Universidade Estadual de Londrina. Finalista do 59o Prêmio Esso de Jornalismo na categoria Fotografia; Vencedora do 31o Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo na categoria Fotografia; Vencedora do Prêmio Arfoc / Canon de Fotojornalismo 2014 – categoria Protesto e Conflito; Menção honrosa no 5º Prêmio Top Etanol na categoria Fotografia; Idealizadora do Projeto Eu Sou, contemplado pelo Prêmio Nelson Seixas 2020. Hoje em dia Milena Aurea se dedica a trabalhos com fotografia autoral e artístico-cultural.
PRISCILA BEAL
Priscila Beal é formada no curso de Rádio e TV da UNESP Bauru e atua como fotógrafa still, videomaker, cinegrafista e assistente de fotografia. Tem 27 anos e fotografa desde os 13. Apaixonada pela natureza, arte, imagens e viagens, busca colocar sua criatividade e sensibilidade nos mais diversos assuntos que fotografa e filma. Algumas das suas fotos já foram exibidas em importantes concursos fotográficos e exposições, bem como em revistas impressas – como a Fotografe Melhor, e sites internacionais – como National Geographic e Vogue. Em concursos, já conquistou medalha de ouro na 20th FIAP Nature Biennial (2020), e medalhas de bronze no Photo Nature Brasil 2019 e Photo Nature International 2019.
JORGE ETECHEBER
Jorge Etecheber tem 28 anos de carreira na fotografia profissional, tendo atuado principalmente na área publicitária, com registros estampando catálogos, revistas e outdoors, e, atualmente, atuando, sobretudo, no registro da cena cultural de São José do Rio Preto e na criação de obras que dialogam com outras plataformas criativas. Como fotógrafo da cena cultural rio-pretense, conta com um imenso acervo de apresentações em áreas como a dança e o teatro, participou da cobertura do Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, o festival Olhar a Dança, o Fórum Internacional de Dança, além de eventos realizados por instituições como o Sesc e o Senai. Como artista da imagem, já teve obra selecionada no Salão de Artes Plásticas de São José do Rio Preto, além de integrar coletivos artísticos como o Agrupamento Núcleo 2 e Corpos Lentes. Mantém um espaço em São José do Rio Preto que é um misto de estúdio e galeria de arte, onde tem realizado importantes projetos para a divulgação da fotografia e de outras modalidades artísticas.