Fumantes podem desenvolver doenças mais graves se contaminados pelo vírus da Covid-19
O tabagismo – doença relacionada à dependência da nicotina – é responsável pelo surgimento de inúmeras doenças, senda uma das principais causas de alguns tipos de câncer, como pulmão, laringe, estômago, bexiga e a leucemia. O dia 31 de maio, data em que se reforça a importância do combate ao fumo, é essencial para a conscientização da população.
De acordo com o pneumologista Renato Eugênio Macchione, cooperado da Unimed Catanduva, pesquisas recentes apontam para uma redução no número de fumantes acima de 18 anos, que atualmente representam 9% do total da população brasileira; em algumas regiões, a redução no consumo chegou a 15%. A variação de prevalência entre os gêneros é de 12% entre os homens e 7% entre as mulheres.
“A Lei Antifumo, que levou à proibição de fumar em locais fechados em todo o país, trouxe sem dúvida alguma um outro patamar em relação às dificuldades, aos cuidados de quem não fuma. E essa lei trouxe um benefício muito grande. Com limitação, notamos redução importante na prevalência de fumantes”, disse o médico.
Macchione também cita como fatores preponderantes para a redução no consumo a proibição da publicidade e a inclusão de alertas sobre os riscos de fumar, presentes nos maços de cigarro. “O uso de adoçantes aromatizantes e aditivos no cigarro facilitam o aumento de dependência em jovens. O próximo passo é a erradicação destes ingredientes pela indústria do tabaco. Produtos como o cigarro de palha, narguilé e cigarros eletrônicos também são extremamente danosos e afetam de forma muito agressiva os jovens”, ressaltou o pneumologista.
De acordo com especialistas, existem cerca de 100 doenças correlacionadas ao cigarro, a exemplo das doenças do aparelho respiratório, Enfisema Pulmonar, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), doenças cardiovasculares e doenças vasculares periféricas (que podem ocasionar a necessidade de amputação de membros).
Os efeitos da nicotina variam em relação aos grupos. As mulheres são mais sensíveis e durante a menopausa podem ter esses efeitos piorados. O tabaco não somente facilita a presença de doenças respiratórias em fumantes, mas também naqueles que estão expostos à fumaça, como crianças e idosos, cujas chances para o desenvolvimento de complicações aumentam.
Covid-19 e o cigarro
Em relação à Covid, fumantes que adquirem a doença podem evoluir para uma forma mais grave, com a necessidade de oxigênio – principalmente aqueles que já têm doenças correlacionadas, como DPOC e Enfisema). Caso contrário, os riscos são de um período de convalescença maior do que o habitual, com a presença de tosse e o desenvolvimento de um quadro brônquico (bronquite).
Fumantes e ex-fumantes com sequela pulmonar ou cardiovascular tendem a apresentar recuperação mais lenta. Entre os fumantes com Covid-19 também aumenta o risco de doenças cardiovasculares, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e complicações extrapulmonares, inclusive com o comprometimento de outros órgãos.
“Este é o momento certo para parar de fumar. Os efeitos do cigarro são bastante agressivos e, com a pandemia, os riscos de morte aumentam consideravelmente. É uma oportunidade para deixar o vício”, ressaltou Macchione.
Medicina Preventiva
Na Unimed Catanduva, a Medicina Preventiva pode auxiliar o beneficiário que deseja parar de fumar. O tratamento é especializado e acompanhado com atenção por uma equipe multidisciplinar capacitada para esclarecer dúvidas, ensinar e oferecer o apoio necessário para a melhora da qualidade de vida. Saiba mais pelo telefone (17) 3531-3140.
Dicas
– Primeiramente, é preciso tomar a decisão de parar de fumar;
– Marque uma data;
– Esteja preparado psicologicamente: busque apoio;
– Pratique mudanças de hábito: atividade física, caminhada, exercícios;
– Evite café e fatores condicionantes, como fumar após o almoço e o jantar;
– Procure orientação e apoio de equipe multidisciplinar que irá auxiliar em casos de extrema dependência, que podem ser gatilhos para desenvolvimento de depressão e ansiedade;
– Busque o apoio de amigos e familiares para enfrentar a abstinência.