Violência psicológica .

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Artigo

* Dra Silvia Helena Cardoso do Amaral / CRP06/113107

A violência psicológica é um tipo de agressão que afeta a mente e as emoções da vítima, causando danos invisíveis, mas profundos. Ela envolve manipulação, controle, humilhação, ameaças e outras formas de abuso que buscam enfraquecer a autoestima da pessoa, criando um ambiente de medo e insegurança. Ao contrário da violência física, que é visível, a psicológica pode ser difícil de identificar e até de provar, pois os sinais não são externos.

Esse tipo de violência pode ocorrer em diversos contextos, como em relacionamentos amorosos, familiares, no ambiente de trabalho ou até mesmo em amizades. Os agressores muitas vezes buscam dominar as vítimas através de críticas constantes, isolamento social, chantagens emocionais e desvalorização. A vítima, por sua vez, pode começar a duvidar de suas próprias percepções e sentir-se cada vez mais incapaz ou inadequada.

O impacto da violência psicológica pode ser devastador. Pode gerar sentimentos de angústia, ansiedade, depressão, e até mesmo levar a pessoa a desenvolver transtornos psicológicos mais graves. A longo prazo, a vítima pode sofrer com dificuldades para estabelecer relações saudáveis e com uma sensação persistente de impotência.

É fundamental que a sociedade reconheça os sinais da violência psicológica e ofereça apoio àqueles que sofrem desse mal. A denúncia é um passo importante para a ruptura do ciclo de abuso, assim como o acesso a serviços de apoio psicológico e legal. A conscientização sobre esse tema pode ajudar a criar um ambiente mais seguro, onde o respeito e a dignidade sejam valorizados em todas as relações.

Se você está vivenciando violência psicológica, é importante lembrar que você não merece ser tratado assim e que há formas de se proteger. Eis algumas orientações iniciais:
• Reconheça os sinais:
A violência psicológica pode incluir humilhações, críticas constantes, isolamento, ameaças e manipulação. Reconhecer esses comportamentos é o primeiro passo para buscar ajuda.
• Procure apoio:
Converse com pessoas de confiança—amigos, familiares ou colegas—que possam oferecer suporte emocional. Se possível, busque ajuda profissional com um psicólogo , que pode ajudar a reconstruir sua autoestima e a elaborar um plano de segurança.
• Documente as evidências:
Se for seguro fazê-lo, registre mensagens, e-mails, gravações (respeitando as leis locais) ou quaisquer outros registros que possam comprovar o abuso. Essas evidências podem ser úteis para medidas legais futuras.
• Considere medidas legais:
Em casos de violência doméstica, inclusive quando a agressão é somente psicológica, você pode buscar medidas protetivas. No Brasil, por exemplo, mulheres podem ligar para o número 180 para receber orientação e apoio. Se você estiver em situação de emergência ou se sentir em perigo imediato, ligue para o número 190 ou procure a delegacia mais próxima.
• Cuide de si mesmo:
Priorize sua saúde mental e física. Praticar atividades que ajudem a reduzir o estresse, manter uma rotina de sono saudável e, se possível, participar de grupos de apoio pode ser muito benéfico.

Lembre-se: a violência psicológica causa danos reais e você tem todo o direito de buscar proteção e apoio. Se sentir que precisa de ajuda imediata, não hesite em procurar os serviços de emergência ou os canais de apoio disponíveis na sua região. Cada passo em direção à sua segurança e bem-estar é um avanço importante.

*Professora, psicopedagoga e psicóloga. Sílvia Helena Cardoso do Amaral é pós-graduada em Psicologia Sexual, Neuropsicologia, Psicanálise Clínica, Saúde Mental e Terapia de Casais.

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