Neste dia festivo, a nossa paróquia eleva a Deus um louvor cheio de gratidão pelos 110 anos de sua criação canônica, realizada em 1915 por Dom José Marcondes Homem de Mello, então bispo de São Carlos. Com o coração alegre e reverente, celebramos não apenas a história de uma instituição, mas a caminhada de fé de um povo que, desde os primeiros passos deste chão, encontrou na Igreja Católica a presença viva do Evangelho.
A presença da fé cristã em nosso território remonta a 1892, quando foi celebrada, pela primeira vez neste vilarejo, a Santa Missa, presidida pelo padre José Bento Costa, vindo de São José do Rio Preto. A partir daquele momento, a semente do Evangelho foi lançada entre nós.

Em 1893, com zelo e devoção, foi erguida uma capelinha de madeira dedicada ao nosso glorioso padroeiro, São Domingos de Gusmão. Pequena em tamanho — com capacidade para 60 pessoas — mas imensa em significado, pois acolhia os primeiros passos da comunidade cristã neste lugar.
O cuidado pastoral crescia junto com o povo. Em 1915, chegou o padre Maurício Caputo, o primeiro sacerdote a residir aqui, nomeado Capelão-Cura, permanecendo até 1918, acompanhando de perto a vida espiritual da comunidade.
O ano de 1918 marcou profundamente a nossa história. No dia 14 de abril, o então povoado foi oficialmente emancipado e elevado à categoria de município, nascendo assim a cidade de Catanduva. Poucos dias depois, também em abril, foi designado o primeiro pároco canônico: o Venerável Padre Albino Alves da Cunha e Silva, homem de fé ardente, caridade incansável e testemunho exemplar. Com ele, a paróquia encontrou firmeza espiritual e impulso missionário, tornando-se um verdadeiro farol de fé para a nova cidade que nascia.



No dia 22 de junho de 1919, foi lançada a pedra fundamental da atual Igreja Matriz, um marco grandioso de nossa fé. A obra, projetada pelo engenheiro Krug, se tornou símbolo da presença de Deus entre nós — não apenas por sua beleza arquitetônica e suas pinturas sacras, mas também pelo tesouro artístico que abriga: 19 telas do renomado pintor Benedito Calixto, que enriquecem espiritualmente e culturalmente a casa do Senhor.


Com o passar dos anos, novos pastores deram continuidade à missão. Em janeiro de 1969, foi nomeado como segundo pároco o padre Sylvio Fernando Ferreira, que por décadas conduziu com amor e firmeza o rebanho de Cristo.
E, na graça do tempo de Deus, em dezembro de 2020, assumiu como terceiro pároco o padre Fábio Pagotto Cordeiro, atual pároco, que continua com dedicação, ternura e espírito missionário a bela história iniciada há mais de um século.

Celebrar 110 anos de paróquia é celebrar a fidelidade de Deus e a resposta generosa de um povo. Ser Igreja é mais do que ter um templo: é ser comunidade, é testemunhar o Evangelho, é viver a fé em comunhão, serviço e missão. Ser Igreja é ser casa de portas abertas, coração disponível e pés dispostos a caminhar com o próximo, guiados por Cristo.
Que São Domingos de Gusmão, nosso padroeiro, continue a interceder por nossa Paróquia, para que ela permaneça viva, ardente na fé, corajosa no anúncio e generosa no amor.
Parabéns, Paróquia!
Que sua história continue a ser escrita com fé, com serviço e com o perfume do Evangelho.
Crédito texto: assessoria de Imprensa da paróquia São Domingos de Gusmão
Fotos: Arquivos de divulgação