Acorrentados.

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Artigo por *Silvia Helena Cardoso Amaral

As correntes são fortes e quase invencíveis. São úteis em muitos casos proteção.
Pois bem, emocionalmente as correntes nos prendem a padrões e crenças que são instaladas em nós desde a primeira infância.Quando na ânsia de proteção e cuidado,passa se medo,insegurança,excessos,traumas, ansiedade,baixa estima e por aí vai.
Interessante que não tendo a compreensão dessa gravidade, levamos uma vida inteira sentindo tanto, tanto, e não sabendo diferenciar o que é nosso, o que nos foi dado e o que foi herdado.
Muitos rótulos são colocados em diversas fases da vida. Desatento, tímido,déficit de atenção,desorganizado, deprimente,acelerado….etc
Vestimos essas roupas e seguimos confiantes, que realmente eu tenho um transtorno,não sou capaz, não tenho habilidade de fulano ou sicrano.E aí já cultuamos culpas, sentimento de impotência, de erros e frustrações.
Sempre fui assim, nunca fui tão sociável, nunca consegui ir além das minhas limitações,percebo que desde criança tenho dificuldade de desvincular , aceitar perdas, vivo ansioso e acelerado, não me concentro, não tenho um foco e pior desisto fácil.
Você é assim? Tem esse sentimento?
Mas, o que é genuinamente nosso. Se chegamos vazios, possuindo apenas um temperamento e uma carga genética. O que me fez ser assim ou assado.
Ninguém se faz sozinho, seguimos modelos, somos frutos de uma modelagem familiar,com crenças cultural religiosa,hábitos, costumes,dogmas ….(biopsicossocial)
Se precisamos desde sempre de direcionamento e organização, quem é esse alguém, como se constituiu, como se formou como sujeito e quais habilidades tem para orientar e conduzir outro ser?
E claro que todos buscam e desenvolvem dentro dos seus possíveis. Não gosto da palavra “culpa”, pois essa se dá a intenção de fazer. Mas, gosto da responsabilidade que cada um exerce e distribui até inconscientemente aos demais.
É muito difícil ser pais, ser orientador de outros. É muito difícil ser certeiro e correto, e muito complicado interagir e estar com o outro sujeito ainda mais esse sendo minha responsabilidade. Por que ? Porque projetamos tudo que almejamos,idealizamos e buscamos ao longo da vida por sermos desejante e inconscientes de muitos sentires emocionais .
Sendo assim, o meio em que vivemos é rico em sentimentos diversos, incompreendidos,misturado com crenças e hábitos diferente. E como saber o correto, o certo, o menos sofrível, ou o mais genuíno.
Como entender a si mesmo, e quiçá o meio em que vivemos ,sem usar de rótulos exigências e condições?
O que é genuinamente meu,se eu fui me construindo ao longo de uma vida ?
Já se perguntou:”quem sou eu “?
Vivemos ou somos acorrentados?

*Professora, psicopedagoga e psicóloga, Sílvia Helena Cardoso do Amaral é pós-graduada em Psicologia Sexual, Neuropsicologia, Psicanálise Clínica, Saúde Mental e Terapia de Casais.

CRP06/113107

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