Contratações de fim de ano exigem agilidade e ‘cultura de respeito’

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Sucesso na contratação de temporários depende de um tripé:
agilidade, formação e alinhamento cultural

O mercado de trabalho em Catanduva para o final do ano segue em um ritmo acelerado, mas com desafios renovados. Empresários e consultores da Associação Comercial e Empresarial de Catanduva (ACE) apontam que o sucesso na contratação de temporários depende de um tripé: agilidade, formação e alinhamento cultural.

Para o empresário Leonardo Mei, do setor de varejo, a perspectiva de contratações é positiva. Segundo ele, o mercado abandonou a lógica sazonal de aquecido ou cauteloso e hoje é um organismo vivo e muito dinâmico, com vagas abertas de forma quase contínua, tanto para lojas físicas quanto para o e-commerce.

Na hora de selecionar, Mei afirma que busca características claras. “O final de ano exige agilidade, foco e comprometimento, e o candidato ideal é aquele que demonstra vontade de aprender e consegue gerar resultado logo nos primeiros dias. O principal é entrar rápido no ritmo da equipe”.

Para ele, a dificuldade, contudo, é crescente. “É cada vez mais raro encontrar mão de obra realmente qualificada para o comércio ou serviços no geral. O desafio maior não é contratar, mas formar e reter pessoas que se conectem com a cultura da empresa”.

Do ponto de vista da gestão de pessoas, o consultor da ACE, Marcio Rodrigues, reforça a necessidade de estratégias que acelerem a produtividade. Ele destaca que as empresas precisam sair do modelo tradicional de integração para algo mais estratégico, incluindo programas de apadrinhamento, treinamentos curtos e, crucialmente, feedback estruturado diário.

“Isso reduz a curva de aprendizado e faz com que o temporário produza mais rápido. A capacitação pré-contratação, por exemplo, é um investimento inteligente e essencial para o sucesso da contratação, pois quem chega preparado comete menos erros”, ressalta.

Para reter e atrair a nova geração, Rodrigues destaca a importância de desenvolver a liderança. “Tem dois pontos que acho importantes em relação ao temporário; respeito e reconhecimento. Não há mais espaço para conviver com líderes autoritários. É preciso ser inspirador, ter diálogo aberto, escuta ativa e ajudar no desenvolvimento da equipe”, completa.

Para maximizar a chance de efetivação, segundo Leonardo Mei, a receita é simples. “O temporário precisa mostrar poder de integração rápida, ser proativo e ajudar a resolver as demandas que a correria de fim de ano traz. A pessoa que demonstra atitude e envolvimento acaba naturalmente se destacando e se tornando parte definitiva da equipe para o próximo ano”.

Texto: Érika Martino