O processo eleitoral é a prova de que a inclusão é construída por todos,
a partir do exercício pleno da autonomia e da liderança
Os alunos da Apae Catanduva votarão, na próxima quinta-feira, dia 27, o casal de Autodefensores que cumprirá o mandato de 2026 a 2028. Este processo eleitoral democrático, no qual somente as pessoas com deficiência intelectual e múltipla podem votar, é a materialização do Programa de Autodefensoria, que a defesa dos direitos de todos os colegas que frequentam a instituição. O principal objetivo da iniciativa é o desenvolvimento da autonomia e da participação social das pessoas com deficiência.
Os autodefensores eleitos atuarão como líderes e representantes diretos do grupo. O casal, composto por uma pessoa do sexo feminino e uma do sexo masculino, é um cargo que existe na hierarquia das APAEs e tem um papel vital. Eles devem defender os interesses das pessoas com deficiência, sugerir ações para melhorar o atendimento, propor projetos e participar ativamente das reuniões da diretoria e do conselho das APAEs.



“O Programa de Autodefensoria é, sem dúvida, um dos pilares da nossa missão. Ele não só garante que a voz dos nossos alunos esteja presente na mesa de decisões, como também os capacita como cidadãos ativos. O protagonismo deles é a nossa maior inspiração, e este processo eleitoral é a prova de que a inclusão é construída por todos, a partir do exercício pleno da autonomia e da liderança”, afirma Maura Guerreiro, diretora da Apae Catanduva.
O trabalho do casal de autodefensores, cujo mandato é de três anos, estende-se ao movimento das pessoas com deficiência e à sociedade em geral. Para se candidatar, os assistidos precisam ter mais de 16 anos, possuir maturidade e entender as ações que deverão participar.
“Estamos falando de um desenvolvimento contínuo da autonomia. O casal de autodefensores eleito terá a responsabilidade de participar ativamente, de fiscalizar e de sugerir melhorias no atendimento, defendendo os interesses de todos os colegas. É um processo transparente e democrático que enche toda a instituição de orgulho”, complementa Maura Guerreiro.


