- Data celebrada no sábado, 14 de agosto, mostra que é necessário agir de forma individual e coletiva para reverter a perda da qualidade do ar, da água e do solo;
- OMS aponta que poluição do ar causa a morte de 7 milhões de pessoas por ano no mundo
Criado com o objetivo de conscientizar a população sobre as formas de controlar a poluição, tendo em vista os riscos à saúde e à qualidade de vida de todos, o Dia de Combate à Poluição é lembrado em 14 de agosto. A data é um alerta para a necessidade de rever atividades econômicas, políticas públicas e comportamentos individuais e coletivos que causam degradação da qualidade do ar, da água e do solo.
Para Alexander Turra, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), a data é oportuna para lembrar a responsabilidade de todos os cidadãos em relação ao combate à poluição. “É uma oportunidade de debater desde os temas mais conhecidos e óbvios, como as emissões de gases poluentes na atmosfera, quanto aspectos menos comentados, mas que também são muito importantes, como a necessidade de cuidados com o licenciamento ambiental, o planejamento do uso do espaço, a necessidade de promoção de atividades econômicas sustentáveis, entre outros”, comenta o professor.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 7 milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência da poluição atmosférica. A entidade também estima que nove em cada dez pessoas no planeta respiram ar poluído. As mortes são causadas por exposição a partículas finas do ar poluído que penetram profundamente nos pulmões e no sistema cardiovascular, provocando doenças como acidente vascular cerebral, doenças cardíacas, câncer de pulmão, doenças pulmonares obstrutivas crônicas e infecções respiratórias, incluindo pneumonia.
Os órgãos estaduais de medição da qualidade atmosférica divulgaram em 2020 reduções significativas da poluição. Grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba apresentaram quedas de até 70% na quantidade de poluentes presentes no ar, mostrando como o isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19 gerou mudanças importantes nos hábitos dos brasileiros.
“Essa nova dinâmica social surgiu em decorrência de uma crise, mas nos mostrou que é possível adotar hábitos produtivos sem a degradação do meio ambiente. Esse é o momento ideal para repensarmos questões centrais da vida nas cidades, como a mobilidade urbana, e começarmos a adotar políticas públicas que nos levem no caminho da sustentabilidade. O uso de soluções urbanas baseadas em infraestrutura verde no planejamento das cidades é uma das alternativas nesse sentido”, afirma André Ferretti, gerente sênior de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e também membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN).
A poluição da água é outro grave problema, que também afeta diretamente a saúde e causa impacto em diversas outras espécies e ecossistemas. Como extensão do problema, a poluição do oceano vem aumentando de forma preocupante, tendo em vista que os mares recebem os rejeitos gerados pelas atividades humanas, como o esgoto, o lixo e os poluentes industriais, a exemplo do petróleo e do mercúrio, e também sofre com outros tipos de agressões.
Informações e dados sobre a poluição (Fonte: Portal Brasil Escola)
● Poluição é uma degradação que causa efeito nocivo ao meio ambiente e aos seres vivos que ali se desenvolvem;
● Existem diferentes tipos de poluição, como a atmosférica, a hídrica, a dos solos, a sonora e a visual;
● A poluição pode causar doenças, redução da biodiversidade e mudanças climáticas;
● Pequenas atitudes, como reduzir o uso de automóveis e reciclar o lixo, são medidas que podem reduzir a poluição ambiental;
● Educar a população a respeito da importância de se cuidar do meio ambiente é fundamental para que o problema da poluição não seja agravado.
Consequências da poluição:
● Redução da biodiversidade;
● Aquecimento global e mudanças climáticas;
● Eutrofização, processo de multiplicação de algas, dos corpos d’água, deixando rios e lagos com uma coloração turva e com níveis baixíssimos de oxigênio dissolvido na água;
● Desenvolvimento de uma série de doenças nos seres humanos e outros animais;
● Chuvas ácidas;
● Impacto negativo na economia de uma região.
Atitudes simples que cada um pode fazer para reduzir a poluição:
● Separar o lixo reciclável;
● Economizar energia elétrica;
● Reduzir o consumo de água;
● Descartar pilhas e baterias nos postos específicos para coleta;
● Não jogar o óleo de cozinha na pia, utilizar os postos de coleta apropriados;
● Usar papel reciclado;
● Trocar sacolas plásticas de supermercado por sacolas reutilizáveis;
● Evitar usar materiais de plástico descartáveis, como garrafas, copos, talheres e canudos.
Sobre a Rede de Especialistas
A Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) reúne cerca de 80 profissionais de todas as regiões do Brasil e alguns do exterior que trazem ao trabalho que desenvolvem a importância da conservação da natureza e da proteção da biodiversidade. São juristas, urbanistas, biólogos, engenheiros, ambientalistas, cientistas, professores universitários – de referência nacional e internacional – que se voluntariaram para serem porta-vozes da natureza, dando entrevistas, trazendo novas perspectivas, gerando conteúdo e enriquecendo informações de reportagens das mais diversas editorias. Criada em 2014, a Rede é uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Os pronunciamentos e artigos dos membros da Rede refletem exclusivamente a opinião dos respectivos autores. Acesse o Guia de Fontes em www.fundacaogrupoboticario.org.br
Sobre a Fundação Grupo Boticário
Com 30 anos de história, a Fundação Grupo Boticário é uma das principais fundações empresariais do Brasil que atuam para proteger a natureza brasileira. A instituição atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e em políticas públicas e apoia ações que aproximem diferentes atores e mecanismos em busca de soluções para os principais desafios ambientais, sociais e econômicos. Já apoiou cerca de 1.600 iniciativas em todos os biomas no país. Protege duas áreas de Mata Atlântica e Cerrado – os biomas mais ameaçados do Brasil –, somando 11 mil hectares, o equivalente a 70 Parques do Ibirapuera. Com mais de 1,2 milhão de seguidores nas redes sociais, busca também aproximar a natureza do cotidiano das pessoas. A Fundação é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial.