Final de ano! E o que você fez?

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Artigo

*Dra Silvia Cardoso do Amaral

Final de ano! E o que você fez?

Há uma ansiedade extra nessa época do ano, fechamento de mês, de ano, apresentação escolar, formaturas, festas, confraternizações, amigo oculto, presente para a criançada, mimos para os queridos, e afins.

E a preparação para esse evento, as decorações, os preparativos, as idas infinitas nas lojas, pois sempre esquecemos de algo, montar a árvore de Natal se torna um marco, afinal é tradição. Escolher a roupa apropriada, dourado, verde ou vermelho? Elaborar o cardápio, o que será servido, porém quem serão os ocupantes da mesa natalina?

Lógico que, os de casa, os afetos mais próximos, e sem faltar os amigos mais chegados, isso se não forem viajar ou se aglomerar com outros afetos.

As conversar e o puxar de assunto sempre em torno das festividades que se anunciam tão fortemente nessa época do ano. Ou seja, terminando o ano.

Então é Natal, e o que você fez? O ano termina e nasce outra vez….

Porém muitos tem a sensação de que pouco se fez, e nada se conquistou. Putz mais um ano que se finda e eu continuo com esse sentimento de desvalia, de baixa produtividade, pouco retorno positivo, uma grande inercia.

Pois bem, temos por hábito, costume, crença, sempre fazer essa avaliação em cada final de ano, e a mania de um checklist para o próximo ano, elaborando metas e criando expectativas, e talvez esse hábito que nos traz a cada fim de ano a sensação de pesar e certa inutilidade.

Errado elencar metas, objetivos para o ano vindouro? Dentro de uma perspectiva de aceitação, determinação e possíveis, não há nada de ruim, mas o que se costuma fazer e que, no círculo vicioso, elabora-se metas extravagantes e exageradas, pela sensação ruim de um ano cansado e pouco produtivo e a injeta como o elixir de uma vida bem-sucedida.

Mas, o que fura o olho não e o que se propõe a fazer, mas a procrastinação que essas metas mirabolantes vão causando no decorrer do ano. Perde-se muito o foco a passar tempo olhando “vitrines” de redes sociais, e usando de comparações com fulano e beltrano.

Te proponho a estar na sua intimidade e suspender o que é egóico e se ver como protagonista da sua vida, da sua história, e listar objetivos claros para curto, médio e longo prazo, estar focado e superar um dia de cada vez, sem estar com sua lenta no quintal alheio.

Reflita no que fez, o que deu certo, valorize cada avanço, cada conquista, comemore, se promova no sentido de ver o que foi bom, nos acertos, afinal não morri, pelo contrário estou “vivão” e pronto para os enfrentamentos do próximo ano, e que Deus nos ajude!

Fazer um checklist pode ser um grande cavalo de tróia, se não houve coerências na sua elaboração.

Comemore o Natal, como o coração cheio, de gratidão, amor, e autorrespeito, procure ter em mente o quão valente e corajoso foi, mesmo nos momentos de fraqueza e solidão. Nem todo dia é dia de sol, de praia, full time de alegrias. Para encerrar um ano de bem-estar, precisamos cultivar esse bem-estar, com autocompaixão, merecimentos possíveis e trabalho consciente, diminuir o estresse e a ansiedade com atividades físicas, pequenos prazeres, sem comparações, ser focado, terminado e não procrastinar. Faça diferente, mudar a rota, quebrar padrões é preciso.

Seu Natal será cheio de prazeres, terá uma satisfação adequada e promoverá momentos de memórias afetivas nesse dia tão significativo. Afinal, é Natal… Nasceu Jesus!

*Silvia Helena Cardoso do Amaral

Professora, psicopedagoga e psicóloga, Sílvia Helena Cardoso do Amaral é pós-graduada em Psicologia Sexual, Neuropsicologia, Psicanálise Clínica, Saúde Mental e Terapia de Casais.

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