Gratidão X ingratidão

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*Psicóloga Dra Silvia Helena

Ingrato é o que pratica ingratidão, porém, ingratidão se revela naquele que não sabe ser grato o que não reconhece ou não pratica o ato de dar graças.

Os pais que não tiveram o que identifica como o “melhor” anseia incessantemente proporcional aos filhos um “bem estar”

Dificilmente vemos pais que se sentem confortável em proporcionar um almoço, um janta, um presente, um carro que seja aos filho, não fazer ou cobrar por isso. Por que? Porque tem prazer em fazer.

E até comum o filho que conseguiu alcançar seu objetivo, sua carreira, seu sucesso, proporcional um plano de saúde, um apartamento, uma casa, uma viagem, um carro, aos seus velhos pais, por se sentir confortável em fazer.

É sabido que um bom professor que se esforça em conseguir êxito em promover um aluno, em contribuir com o progresso e vê-lo ingressando em um ótima faculdade não desejar ser lembrado na formatura do 3* ano do ensino médio que seja.

Quem nunca vivenciou um avô todo orgulhoso, presentear a neta em sua formatura ou casamento com um lindo anel de ouro?

As gerações mudam, se desenvolvem, mas o emocional muitas vezes cria- se raiz, formando assim um padrão sucessivo. Esses são empatas? São famílias estruturadas? São pessoas esclarecidas? São crenças familiares?

Não, são pessoas que anseiam fazer e proporcionar ao outro um bem estar, e dar o que por diversas questões nunca recebeu, e que delicia ter um poder aquisitivo bacana que favoreça esse ofertar.

O que se passa no íntimo de cada indivíduo compete exclusivamente a ele, ninguém consegue mensurar ou quantificar, porque as emoções são de fórum íntimo. O desejo é exclusivamente de quem o faz, mas não limita o outro rejeitar ou aceitar de coração.

Essa crescente acompanha pais e filhos por décadas e quiçá milênios, quando nos deparamos com as heranças, os dotes, os tesouros que circulavam e circula as famílias tradicionais, muito embora pós morte. E em vida os mimos, os presentes, os empréstimos e os préstimos.

O que une as famílias vai além disso, sãos os vínculos, o apreço, os valores, cumplicidade, o laço familiar baseado no amor, famílias tem formas, crenças, valores, problemas, apertos e acertos, que ninguém e nenhuma outra formação pode ou deveria quebrar, mas somar.

Porém inconscientemente, ninguém está livre, vivemos o sentir na íntegra e com isso nos traz de brinde não somente a palavra mas o sentimento chamado reciprocidade, reconhecimento, gratidão.

Por mais que se faça voluntariamente, os sujeitos anseiam ser reconhecidos e anseiam a gratidão, por gestos, atitudes, o que recebeu de bom grado e reconhece que foi bem vindo e deveria por uma lógica agradecer, retribuir, talvez não em espécie, mas em consideração.

Ninguém tem obrigação a nada, nem a dar e nem a receber, mas a gratidão enobrece a espécie, a raça humana, faz evoluir e expandir. Ser grato te faz forte e capaz de ter o merecimento por tudo que recebeu inclusive a vida, pois ninguém se faz sozinho.

 Não estou falando do que oferta por ato Egoico, necessidade de alimentar o Ego. Mas, o que faz por amor, renúncias, me lembro de um ato paternal emocionante, o pai sempre deixava um restinho do almoço na marmita para que o filho, que o esperava todos os dias no final de tarde, comesse pois o menino adorava. Não seja ingrato, ninguém é obrigado a ofertar, se o faz é por amor, com alegria, com prazer. Mesmo que você não peça, ou nem mereça ou mesmo que não deseja, valorize o ato generoso de alguém. A teorias que apontam um sentimento de inveja quando há ingratidão, mas isso é assunto para outro momento.

* Silvia Helena Cardoso do Amaral
CRP06/113107 – 17 99643 6366
Rua Manaus 1049 / esquina com R. 24 de fevereiro