Artigo
*Isa Melhado
Até o ano de 2025, haverá mais de 1,1 bilhão de mulheres na pós-menopausa em todo o mundo, representando 12% de toda a população mundial. Com o envelhecimento populacional, as mulheres poderão passar cerca de metade de suas vidas nessa fase.
A Transição menopáusica é um marco na vida da mulher, associada a sintomas incômodos, como ondas de calor, suores noturnos, problemas de sono e distúrbios de humor, que comprometem a qualidade de vida. A menopausa também está associada a doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, diabetes, neoplasias e osteoporose.
O estradiol exerce um efeito cardioprotetor positivo através de sua influência na função endotelial, miocárdica, vascular e metabólica. Com a queda desse hormônio durante essa fase da vida da mulher, seus aspectos protetores diminuem, e com isso, alterações podem surgir.
Manter um estilo de vida saudável, minimizando fatores de risco é fundamental para uma boa manutenção da saúde e do bem-estar.
Os fatores de risco tradicionais incluem tabagismo, estilo de vida sedentário, má alimentação, sobrepeso e obesidade, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia, história familiar de doença cardiovascular, estresse crônico e sono insuficiente.
A gordura corporal tende a ficar mais concentrada na região abdominal, aumentando os riscos cardiovasculares; fazendo-se necessário um bom controle alimentar e exercícios físicos regulares, para evitar problemas de saúde maiores.
A alimentação deve ser o mais saudável possível, baseada em alimentos in natura, com boas fontes de proteínas magras, cereais integrais, cálcio e vitamina D e gorduras boas. As quantidades de cada macro nutriente deve ser devidamente calculada de acordo com o perfil da paciente, para que haja manutenção ou perda de peso. Suplementos podem ser necessários, de acordo com cada individualidade.
O acompanhamento com ginecologista e nutricionista é fundamental para manter todos os pilares da saúde da mulher em dia, preservando sua autoestima, bem-estar e saúde.
As mulheres constituem grande parte da força de trabalho global, sendo que quase metade delas se encontra na idade da peri ou pós-menopausa. Os sintomas da menopausa prejudicam a qualidade de vida, o desempenho e a assiduidade no trabalho. Portanto, os empregadores precisam estar atentos ao desconforto ocasionado por esses sintomas, propiciando um ambiente de trabalho humanizado e confortável, ao mesmo passo em que elas se cuidam e desfrutam do melhor que a vida pode oferecer.
*Dra Isadora Melhado atua na área de nutrição clínica há mais de cinco anos. Em Catanduva e Tabapuã, ela atende principalmente o público que busca perder peso e controlar a diabetes tipo 2, com reeducação alimentar. Além disso, a profissional realiza atendimentos “home care” para pacientes acamados e em uso de alimentação enteral. Com duas pós-graduações (bioquímica e avaliação nutricional e educação em diabetes).
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