Artigo por
*Silvia Helena Cardoso do Amaral/ CRP06/113107
-Agosto chega com a lembrança dos pais. E entre tantas formas de paternidade, o que mais importa talvez não seja a perfeição, mas a presença real.
Ser pai, hoje, vai muito além de prover. Ser pai é escutar. É abraçar quando faltam palavras. É olhar nos olhos e validar sentimentos. É estar mesmo quando não se sabe o que dizer, o pai é chamado a ser presença afetiva, base emocional e referência de vínculo seguro para seus filhos.
Na construção da saúde emocional de uma criança, a figura paterna tem um lugar fundamental, uma base fundamental na construção emocional dos filhos .A forma como um pai escuta, acolhe, estabelece limites e expressa seus sentimentos influencia diretamente o modo como a criança irá desenvolver sua autoestima, lidar com frustrações e construir relações ao longo da vida.

Quando um pai é emocionalmente disponível ou seja, quando está aberto para sentir, nomear emoções, acolher as dores do filho e validar suas experiências ele ensina, com o próprio exemplo, que sentimentos não são fraquezas, e sim parte do ser humano.
Essa presença afetiva não exige perfeição. Exige disposição: para estar, para ouvir, para pedir desculpas, para reconhecer que erra e, ainda assim, seguir amando. Um pai que se permite ser humano, afeta profundamente a forma como o filho se percebe no mundo com menos medo, mais empatia e mais confiança em si.
Na escuta clínica, é comum encontrar adultos que ainda carregam feridas emocionais deixadas por pais ausentes, duros ou emocionalmente inacessíveis. Mas também é lindo ver quantos pais hoje estão dispostos a romper esse ciclo: se abrindo à escuta, buscando ajuda, aprendendo a amar de um jeito mais leve, mais próximo, mais presente.
Neste Dia dos Pais, vale a reflexão:
Ser pai não é apenas estar na vida dos filhos ,é fazer parte da construção emocional deles, e ser colo, escuta e afago.
E, para isso, não há ferramenta mais potente do que o afeto.
*Professora, psicopedagoga e psicóloga, Sílvia Helena Cardoso do Amaral é pós-graduada em Psicologia Sexual, Neuropsicologia, Psicanálise Clínica, Saúde Mental e Terapia de Casais.
Silvia Helena Cardoso do Amaral / CRP06/113107
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