No mês em que se comemora o Dia Internacional dos Povos Indígenas, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1994, o Sesc Catanduva convida todas as pessoas para visitarem a exposição que celebra, homenageia e reconhece as tradições dos povos indígenas.
Fotos: Luiz Áureo
A noite do último dia 7 foi marcada pela emocionante abertura da exposição “Somos Aquelas por Quem Estávamos Esperando” no SESC Catanduva. O evento, que contou com a presença de autoridades, personalidades, artistas e amantes da arte, foi um grande sucesso e celebrou a diversidade e a força das histórias das mulheres indígenas.
A exposição, aberta ao público até 9 de fevereiro de 2025, apresenta uma coleção de obras que exploram as experiências, lutas e conquistas das mulheres indígenas. Com curadoria de Naine Terena, que é mestra em artes, doutora em educação e graduada em comunicação social (UFMT), e que atuou como diretora de educação e formação artística no Ministério da Cultura (MinC, 2023-2024).
“O processo curatorial traz para a cena mulheres indígenas de diferentes regiões e seus modos de fazer arte e cultura, e, junto disso, seu cotidiano, quase sempre marcado pela luta, pela sobrevivência, pelos anseios, desejos, sonhos e resguardo de saberes e conhecimentos indígenas”, explica Naine. Mulher do povo Terena, ela acrescenta que “a exposição ‘Somos Aquelas por Quem Estávamos Esperando’ desfia um fio de histórias femininas indígenas brasileiras e aposta nas diferentes intervenções artísticas como forma de problematizar o apagamento das mulheres e as diversas realidades no país”.
Durante a abertura, além da apresentação musical da DJ Cris Pantoja, os participantes tiveram a oportunidade de apreciar, pela primeira vez, as obras criadas especialmente para essa exposição pelas mãos das nove artistas mulheres indígenas: Arissana Pataxó (BA); Rejane Paféj Kanhgág (RS), com colaboração de Gomercindo Kanhgág; Évelin Hekeré Terena (MS); Miguela Moura (MS); Kaya Agari (MT); Clara Idioriê (MT/GO); Yacunã Tuxá (BA); Aotinà “Sofia Souza” e Rosimeire Simeão (MS), com acompanhamento de Benilda Kadiwéu, que trazem importantes recortes para a história da mulher indígena brasileira no mundo das artes.
“A exposição é um marco para a cidade e para nossa unidade. É uma celebração da força, da criatividade e do talento das mulheres indígenas, muito bem representadas por essas nove artistas sob a curadoria de Naine Terena. Estamos orgulhosos de proporcionar um espaço para que essas histórias sejam contadas e vivenciadas”, afirmou Marcos Roberto Martins, diretor do Sesc Catanduva.
“O Sesc Catanduva convida as pessoas de toda a região para visitarem a exposição e se encantarem com as histórias, artes e manifestações das culturas indígenas”, finaliza Martins. O agendamento de grupos pode ser feito pelo telefone (17) 3524-9245 ou pelo e-mail [email protected].
