Ação acontece em vários espaços da unidade no mês de agosto
Com apresentações, exibições de filmes, performance, espetáculos, exposição, show, feira, cursos, entre outros, o Sesc Rio Preto convida o público a participar de uma programação coletiva que celebra e valoriza a diversidade dos povos originários com o projeto “Povos Indígenas”. Atividades diversas que vão desde música, artes cênicas, passando pelas artes visuais, valorização social e literatura no mês de agosto.
Essa celebração que permeia toda programação mensal do Sesc Rio Preto deriva da data instituída pela ONU para celebrar e reconhecer a importância das culturas e tradições dos povos originários, além de conscientizar sobre a necessidade de garantir seus direitos e inclusão na sociedade, – o dia 9 de agosto – dia internacional dos Povos Indígenas.
O projeto da unidade propõe a reflexão e a valorização dos conhecimentos e práticas dos Povos Indígenas, reunindo atividades de diversos formatos que apresentam sistemas socioprodutivos que ajudam a manter a floresta em pé. Tais sistemas locais são baseados na diversidade, na circulação de saberes e fazeres, e na geração de renda por meio da conservação e incremento da biodiversidade dos territórios indígenas, constituindo alternativas relevantes frente a uma lógica predatória de produção e consumo.
Vale mencionar alguns dos destaques, no dia 9, sábado, às 20h, por exemplo, a performance “O chamado da jandaia”, um solo de Edvan Monteiro – Jandê Kodo (Ceará/São Paulo). A apresentação traz um indígena do ano 2542, que chega ao presente em busca de seus parentes. Diante de um mundo em colapso, inicia sua diáspora guiado pela natureza, pelo céu e pelo canto da jandaia. No chão, desenha um mapa cósmico em pedras, um GPS indígena rumo à ancestralidade. Já no dia 10, domingo, às 17h, o show “Lyryca- Ryzoma Hyphop” é um outro destaque importante. A artistacelebra seus dez anos de carreira neste show e traz sonoridades experimentais, além de resgatar a presença indígena através da música originária contemporânea, com letras sobre seu universo lírico e as raízes da cultura Hip Hop.
Com este projeto, o Sesc Rio Preto contribui para promover uma reflexão sobre conservação da biodiversidade, priorizando o bem-viver e o respeito às diferenças, com atrações que seguem por todo o mês de agosto e que, por meio de linguagens diversas, traz a multiplicidade cultural dos povos originários em ações que contemplam o reencontro ancestral.
SERVIÇO:
Povos Indígenas
No mês de Agosto
Programação completa em sescsp.org.br/riopreto
Oficina
Sons da natureza: Instrumentos musicais indígenas que cantam a ancestralidade
Com educadoras da exposição
Conduzida por educadoras da exposição “Assojaba Tupinambá Umbeumbesàwa”, esta oficina convida o público a criar um instrumento musical de origem indígena: o pau de chuva. Feito com materiais recicláveis e elementos naturais, o processo de construção desperta uma escuta atenta aos sons da natureza e às histórias que atravessam os povos originários.
Dias 3 e 23, sábado e domingo, das 14h às 16h. Área de Convivência. Todas as idades. Retirada de ingressos 30 minutos antes da atividade. Vagas limitadas.
Vivência
Exposição em diálogo: Encontro formativo para educadoras e educadores
Com Coletiva Educar Ancestral, Samuel Nhandewa e Moara Tupinambá.
Este encontro formativo propõe uma escuta sensível e reflexiva sobre os saberes, presenças e lutas dos povos indígenas no Brasil, com foco em práticas educativas comprometidas com a diversidade e a justiça social. A partir da exposição “Assojaba Tupinambá Umbeumbesàwa”, educadores e educadoras são convidados a pensarem o papel da escola como espaço de valorização das ancestralidades e de expressões artísticas.
Palestra
Indígenas no século XXI, com Samuel Nhandewa
A partir da Lei Federal 11.645-2008, Lei 11.645/08, que torna obrigatório o ensino da história e cultura indígena e afro-brasileira em todas as escolas públicas e particulares do ensino fundamental até o ensino médio no Brasil, o professor Esp. Samuel Nhandewa, indígena da aldeia Icatu, descontrói estereótipos e pré-conceitos em relação aos povos indígenas para a formação de docentes não-indígenas.
Palestra e oficina
Colagem e Ancestralidade: Diálogos para Professores, com Moara Tupinambá, artista visual e ativista Tupinambá da Amazônia
Voltada a professores da rede pública de ensino, esta atividade reúne uma palestra formativa e uma oficina prática de colagem. A palestra propõe reflexões sobre os letramentos indígenas como ferramentas para a educação antirracista e a valorização da diversidade cultural nas escolas. Em seguida, a oficina convida os educadores a criarem cartazes de colagem baseados na luta dos povos originários, dos territórios e a temática da ancestralidade, como forma de repensar práticas pedagógicas a partir de uma perspectiva decolonial e sensível.
Dia 5. Terça, das 09h às 18h. Teatro. Todas as idades. Retirada de ingressos 30 minutos antes da atividade. Vagas limitadas.
Curso
Consciência, letramento indígenas e criação de colagens
Com Moara Tupinambá, artista visual e ativista Tupinambá da Amazônia
Neste curso vivencial, participantes serão convidados a refletir sobre letramentos indígenas a partir da luta antirracista, a partir da escuta de histórias, imagens e memórias ligadas à ancestralidade dos povos originários. Ao longo de três encontros, os participantes irão explorar colagens como forma de expressão crítica e poética, articulando identidade, território e resistência.
De 6 a 8. Quarta a sexta, 19h. Sala de Múltiplo Uso. Inscrições antecipadas através do portal sescsp.org.br/riopreto a partir das 14h do dia 29/7. Vagas limitadas. Grátis. A partir de 14 anos.
Exibição
Los silencios
Dir.: Beatriz Seigner | Drama | Brasil, Colômbia, França | 2018 | 89 min
Nuria, Fábio e sua mãe Amparo (Marleyda Soto) chegam a uma pequena ilha no meio da Amazônia, na fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Eles fugiram do conflito armado colombiano onde o pai (Enrique Diaz) desapareceu. Certo dia, ele reaparece na nova casa de palafitas. A família é assombrada por esse estranho segredo e descobre que a ilha é povoada por fantasmas.
Dias 6 e 27. Quartas, 20h. Teatro. Retirada de ingressos no local com 30 minutos de antecedência. Lugares limitados. Grátis. 12 anos. Libras.
Exposição
Pintura ao vivo de mural: presença Tupinambá em território urbano
Com Moara Tupinambá, artista visual e ativista Tupinambá da Amazônia
A artista visual Moara Tupinambá realiza a criação ao vivo de um mural, em uma intervenção artística potente, que afirma a presença indígena contemporânea no território urbano por meio de imagens, grafismos, elementos da floresta e símbolos da resistência cultural Tupinambá. O mural convida o público a testemunhar o processo criativo e a refletir sobre pertencimento, retomada e memória coletiva.
Dias 9 e 10. Sábado e domingo, 10h. Comedoria – Área Externa. Lugares limitados. Grátis. Todas as idades.
Feira
Feira de artesanato indígena
Com artesãos e artesãs da aldeia Icatu
Artesãos e artesãs da Aldeia Icatu, das etnias Kaingang e Terena, localizada em Braúna (SP), apresentam ao público a riqueza de suas culturas por meio de peças artesanais produzidas com saberes ancestrais. Uma oportunidade de valorizar a arte indígena, fortalecer tradições e apoiar a economia das comunidades originárias.
Dias 9 e 10. Sábado e domingo, 11h. Convivência. Lugares limitados. Grátis. Todas as idades.
Aula aberta
Jogos indígenas
Com Samuel Nhandewa e Florentino Junior, educadores indígenas da Aldeia Icatu
Por meio de jogos tradicionais indígenas, o público é convidado a participar de práticas corporais ancestrais que fortalecem os laços comunitários e preservam a cultura dos povos originários. A atividade inclui o agrupamento, dinâmica em grupos conduzida na língua indígena, a corrida do Maraká, que integra ritmo e resistência, e o tradicional cabo de força, símbolo de união e força coletiva.
Dias 9 e 10. Sábado e domingo, 11h. Quadra Externa. Lugares limitados. Grátis. Todas as idades
Performance
O chamado da jandaia
Um solo de Edvan Monteiro – Jandê Kodo (Ceará/São Paulo)
Um indígena do ano 2542 chega ao presente em busca de seus parentes. Diante de um mundo em colapso, inicia sua diáspora guiado pela natureza, pelo céu e pelo canto da jandaia. No chão, desenha um mapa cósmico em pedras, um GPS indígena rumo à ancestralidade. A ação convida o público a mergulhar em dor, resistência e retomada
Dia 9. Sábado, 20h. Teatro. R$15,00(Credencial Plena), R$25,00(Meia-entrada), R$50,00(Inteira). Ingressos disponíveis no APP Credencial Sesc SP, Central de Relacionamento Digital (CRD) ou bilheteria física em qualquer Sesc. Lugares limitados. Autoclassificação livre.
Intervenção
Povo Parrir e a salamandra
Uma brincadeira-cerimônia que mistura palhaças, palhaços, indígenas do povo Wassu Cocal e uma boneca sagrada, a Salamandra. Todo mundo brinca, canta e dança para celebrar a terra e tudo o que se transforma. A intervenção conta com acessibilidade em audiodescrição e comemora jeitos diferentes de ver e perceber a vida.
Dia 10. Domingo, 16h. Comedoria – Área Externa. Lugares limitados. Grátis. Todas as idades. Áudio Descrição.
Oficina
Corpo e cosmovisão, uma distopia do futuro
Com o artista indígena Edvan Monteiro Jandé Kodo
A oficina propõe uma vivência que une movimento e oralidade, conduzida pelo artista indígena Edvan Monteiro Jandé Kodo. A partir da performance “O Chamado da Jandaia”, o público é convidado a experimentar a conexão entre corpo, palavra e
ancestralidade, ativando saberes através da dança e da escuta profunda.
Dia 10. Domingo, das 14h às 16h. Teatro. Lugares limitados. Grátis. A partir de 16 anos. Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência.
Show
Lyryca – Ryzoma hyphop
Lyryca apresenta o espetáculo “Ryzoma Hyphop”, celebrando seus dez anos de carreira. A artista traz sonoridades experimentais e resgata a presença indígena através da música originária contemporânea, com letras sobre seu universo lírico e as raízes da cultura Hip Hop.
Dia 10. Domingo, 17h. Comedoria. Lugares limitados. Grátis. Autoclassificação livre.
Vivência
Roda de leitura para um futuro ancestral
Encontros de leituras críticas com educadores e educadoras da exposição.
Em diálogo com a mostra, o público é convidado à uma roda de leitura crítica centrada na literatura indígena contemporânea, como espaço de escuta, troca e descolonização do pensamento. Por meio de textos de autoria indígena, o encontro propõe um círculo de conhecimento onde a palavra é ferramenta de cura, resgate e resistência.
Nos meses de julho e agosto, o círculo é dedicado à leitura e discussão do livro “A Queda do Céu”, de Davi Kopenawa e Bruce Albert. A obra é um testemunho profundo do xamã e pensador yanomami Davi Kopenawa, que compartilha sua visão de mundo, seus saberes ancestrais e sua luta pela sobrevivência de seu povo e da floresta. Considerado um marco do pensamento indígena contemporâneo, o livro apresenta uma poderosa crítica à destruição ambiental e ao colonialismo, ao mesmo tempo em que convida os leitores a conhecer e respeitar as cosmovisões dos povos originários. Por meio de suas palavras, Kopenawa denuncia a “queda do céu” – metáfora para o colapso do mundo-, como consequência direta da devastação promovida pela sociedade não indígena.
Dia 12. Terça, às 19h. Biblioteca. Com a participação especial da cantora Lyryca. A partir de 16 anos.
De 17/7 a 21/8, quintas, das 19h30 às 20h30. Exceto dia 14/8. Convivência. Grátis. Lugares limitados. Sem inscrição.
Exibição
Mari Hi – A árvore do sonho
Dir.: Morzaniel Iramari | Documentário | Brasil | 2023 | 17 min
As indígenas da terra
Dir.: Dayse Porto e Joana Brandão | Documentário | Brasil | 2024 | 52 min
Duas visões complementares se unem nesta exibição sequencial dos documentários Mãri Hi – A Árvore do Sonho e As Indígenas da Terra. Mãri Hi, de Morzaniel Iramari, apresenta o universo onírico e espiritual dos Yanomami, enquanto As Indígenas da Terra, de Dayse Porto e Joana Brandão, revela a luta de mulheres Tupinambá no sul da Bahia. Um encontro entre a força da terra e a sabedoria dos sonhos.
Dia 13. Quarta, 20h. Teatro. Retirada de ingressos no local com 30 minutos de antecedência. Lugares limitados. Grátis. Autoclassificação livre.
Espetáculo
Tybyra – uma tragédia indígena brasileira
De Juão Nyn. Dir.: Renato Carrera
Em 1614, em São Luís do Maranhão, Brasil, preso à boca de um canhão, prestes a ser executado por sodomia por soldados franceses, Tybyra, indígena Tupinambá, propaga as últimas palavras, como se depois de relâmpagos, o som dos trovões saísse de sua boca. Dramaturgia de estreia do artista potiguara Juão Nyn, uma ficção sobre o primeiro caso de LGBTfobia, com um corpo nativo, documentado no país. O espetáculo é falado em tupi, com legendas e falas pontuais em língua portuguesa.
Dia 15. Sexta, 21h. Teatro. R$15,00(Credencial Plena), R$25,00(Meia-entrada), R$50,00(Inteira). Venda online a partir das 17h de 5/8 e presencial a partir das 17h de 6/8. Lugares limitados. A18
Oficina
O retorno do guará: pintura de aves com aquarela
Com integrantes da equipe educativa da exposição
Utilizando a técnica da aquarela, os participantes serão convidados a pintar o guará, ave de plumagem vibrante que habita o litoral atlântico e os manguezais da América do Sul. Suas penas avermelhadas foram utilizadas na confecção dos mantos tupinambás históricos, como o Assojaba, manto sagrado levado à Europa há mais de 300 anos e recentemente restituído ao Brasil. Não é necessário saber desenhar; modelos prontos serão disponibilizados, mas quem tiver domínio da técnica pode criar seu próprio traço.
Dia 16. Sábado, das 10h às 14h30. Área de Convivência. A partir de 14 anos. Retirada de ingressos 30 minutos antes da atividade. Vagas limitadas.
Exibição
Tape Porã Arandu
Dir.: Beatriz Fernanda das Chagas Regis | Documentário | Brasil | 2023 | 25 min
A queda do céu
Dir.: Eryk Rocha, Gabriela Carneiro da Cunha | Documentário | Brasil, Itália, França | 2024 | 108 min
A sessão reúne os documentários Tape Porã Arandu e A Queda do Céu, entrelaçando a sabedoria ancestral guarani e o pensamento crítico de Davi Kopenawa Yanomami. Em um encontro profundo entre tradição e resistência, os filmes convidam à escuta de lideranças indígenas que refletem sobre território, espiritualidade e os desafios impostos pela sociedade não indígena.
Dia 20. Quarta, 20h. Teatro. Retirada de ingressos no local com 30 minutos de antecedência. Lugares limitados. Grátis. Autoclassificação livre.
Oficina
A revoada da araruna: de aves com aquarela
Com integrantes da equipe educativa da exposição
Na oficina, os participantes irão explorar a beleza da arara-azul-grande por meio da aquarela. Após uma introdução sobre a ave – cujas penas maduras foram utilizadas na confecção do manto presente na exposição” Assojaba Tupinambá Umbeumbesàwa”, e sobre a técnica que será trabalhada, o público será guiado na pintura de desenhos dessa que é considerada a maior das araras no mundo. Não é necessário saber desenhar: modelos prontos serão disponibilizados, mas quem tiver domínio da técnica pode criar seu próprio traço.
Dia 30. Sábado, das 10h às 14h30. Área de Convivência. A partir de 14 anos. Retirada de ingressos 30 minutos antes da atividade. Vagas limitadas.
Sesc Rio Preto
Avenida Francisco das Chagas Oliveira, 1.333
Informações: (17) 3216-9300 sescsp.org.br
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Horário de funcionamento: terça a sexta, 13h às 22h. Sábados, domingos e feriados, 9h30 às 19h