As coleções da marca são anuais, e sempre acontecem próximo do aniversário da empresa (meados de outubro). Até o momento já foram lançadas quatro coleções. E a próxima fica pronta em outubro, “acredito que é a coleção mais profunda que já fiz! Veio de um processo intenso de auto conhecimento, trazido por essa pandemia. Por essa curiosidade que herdei do meu pai sobre o que somos, do que fazemos parte, qual nossa missão aqui, qual a função da matéria, do etérico. A coleção vai trazer um conceito pouco conhecido, pouco abordado publicamente, e que foi muito difícil mesmo de encontrar dados, referências. Estudei formações das moléculas, das células, até um espelhamento dessas formações com as do universo. E chega um ponto em que as informações cessam. Mas conseguimos achar caminhos interessantes e a coleção nasceu. Agora já estamos em produção para que ela chegue para o público em outubro”.
A fonte de inspiração para Deborah Kovari criar joias surgiu de um processo de despedida do seu pai, José Roberto, que faleceu de câncer, mas de quem ela herdou um grande talento – retratar a beleza das joias através do desenho. Desde então, Deborah busca trazer as suas experiências pessoais e espirituais para as coleções:
“Meu pai sempre desenhou muito bem. Além disso, era muito curioso com assuntos de espiritualidade e misticismo, e muito culto, muito inteligente. A despedida dele foi bastante difícil porque estávamos em uma conexão forte de pai e filha. E sabendo que ele iria partir, trabalhei isso em terapias, e criei a coleção Gênesis. Que remete à criação do mundo, ao criador, ao ‘pai’. Ele se animou, me ajudou a desenhar e a pensar em algumas coisas. A mão dele já estava muito trêmula, mas eu conseguia entender as ideias dele, e então, muitas das peças daquela coleção, ele que elaborou. Infelizmente ele se foi antes de ver o lançamento, mas a coleção foi um sucesso! A vida acabou levando meu pai para um lado profissional diferente do que ele queria – como eu disse, ele tinha ótimos dons artísticos. Então, sei que o sucesso dessa coleção, desse lado artístico dele, deve tê-lo deixado muito feliz, mesmo que ele não estivesse mais nesse plano para ver”.